domingo, 8 de janeiro de 2012

A Missa explicada por Padre Pio

“Padre Pio era o modelo de cada padre… Não se podia assistir “à sua Missa”, sem que nos tornássemos, quase sem perceber, “participantes”
desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual
fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na missa.

Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: “Creio que a Santíssima
Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração,
tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós”.(27 de julho 1917). Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que,
durante a celebração da Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e
de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão.

Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste “mar
de lama” do pecado. È preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem
bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente.

O Ofertório: É a prisão, chegou a hora…

O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta “Hora”.

Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós nos unimos (rapidamente!…) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação,
na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no “Memento”, olhando todos os presentes e
aqueles pelos quais rezamos especialmente.

A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre
Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.

Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que
segue imediatamente à consagração.

“Por Cristo com Cristo e em Cristo” corresponde ao grito de Jesus: “Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!” Desde então, o sacrifício é
consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão
pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: “Pai Nosso…”.

A fração da hóstia indica a Morte de Jesus…


http://www.santosdevotos.com/sao-pio-de-pietrelcina

A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte…), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso
Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar. A Benção
do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno…

Padre Jean Derobert

Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que
me tenha pedido segui-lo neste caminho… o que eu fazia cada dia… E com que alegria! Pe Jean Derobert.
Palavras do padre Pio

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